How much hypocrisy can a profession live on?

in Rant, Complain, Talk2 days ago (edited)

This publication was also writen in SPANISH and PORTUGUESE.

professores_hipocrisia01.jpg

Vecteezy

Yesterday, here in Brazil, Teachers' Day was celebrated. Without a doubt, one of the noblest professions, and is responsible for training any and all types of professionals to perform specific functions (and anyone who disagrees with this urgently needs to review their own concepts). However, due recognition (whether on the side of personal appreciation or financial appreciation) has been occurring in increasingly smaller proportions over the decades. The level of depreciation of this profession has reached degrading levels, where teachers are being degraded both as professionals and as human beings due to the way they are treated. A sad scenario, in which fighting for improvements seems to be something quite illusory for those who set out to do so. How long will this last? Nobody knows.

Speaking as a former teacher, I can say that one of the best professional decisions I've made in recent years was leaving this profession (which will always have my utmost respect and admiration, but no longer my frontline effort, because I I reached my limit). Without any professional recognition from the schools where I had the displeasure of working (especially from the owners of these schools and also, some of the students themselves), in addition to a disturbing salary gap, there was no other alternative, all I could do was say goodbye to the profession. Not for a moment do I think about returning to this job, and despite believing in education as a tool for a transformative system, I really don't see this happening in Brazil in the way it really should happen.

professores_hipocrisia02.png

Tes

After I made this decision, some of my friends and family have asked me (more than once) if there were any regrets (because I liked being a teacher, even though I didn't imagine myself doing this role a while ago) about it, and I categorically say that I couldn't be happier. If a teacher in Brazil is something that I consider to be brutal and, specifically on Teachers' Day, the hypocrisy of this capitalist system only brings back bad memories for me. All the supposed valorization of television commercials, school tributes and so many other attitudes are just a big (and disgusting) “smokescreen” to hide so much disregard for a vital profession. My feeling of indignation at this date is much deeper, but I would need to write more to express it.

At some other time, I may talk about this subject again, but at least for now, I believe that my points of reflection here were well understood by whoever is reading this text. In my point of view, appreciation of the capitalist system through tributes means absolutely nothing when it is not followed by decent wages, career advancement, health care (especially mental health) and workplaces with decent physical structures for that educational work is done. I think all of this just translates into a single idea: systematically empty words thrown to the wind, which year after year bring nothing productive. Without education, there is no way for a country to become developed and stay that way... Maybe this is Brazil's problem.


¿De cuánta hipocresía puede vivir una profesión?

Ayer, aquí en Brasil, se celebró el Día del Maestro. Sin duda, una de las profesiones más nobles, y se encarga de formar a todo tipo de profesionales para desempeñar funciones específicas (y quien no esté de acuerdo con esto necesita urgentemente revisar sus propios conceptos). Sin embargo, el debido reconocimiento (ya sea por el lado de la apreciación personal o financiera) se ha producido en proporciones cada vez más pequeñas a lo largo de las décadas. El nivel de depreciación de esta profesión ha llegado a niveles degradantes, donde los docentes están siendo degradados tanto como profesionales como seres humanos por la forma en que son tratados. Un escenario triste, en el que luchar por mejoras parece algo bastante ilusorio para quienes se proponen hacerlo. ¿Cuánto durará esto? Nadie lo sabe.

Hablando como ex docente puedo decir que una de las mejores decisiones profesionales que he tomado en los últimos años fue dejar esta profesión (que siempre tendrá mi máximo respeto y admiración, pero ya no mi esfuerzo de primera línea, porque llegué a mi límite). Sin ningún reconocimiento profesional por parte de las escuelas donde tuve el disgusto de trabajar (especialmente por parte de los dueños de estas escuelas y también, de algunos de los propios estudiantes), además de una brecha salarial inquietante, no había otra alternativa, todo lo que podía hacer Fue decir adiós a la profesión. Ni por un momento pienso en volver a este trabajo y, a pesar de creer en la educación como una herramienta para un sistema transformador, realmente no veo que esto suceda en Brasil de la manera que realmente debería suceder.

Después de tomar esta decisión, algunos de mis amigos y familiares me han preguntado (más de una vez) si me arrepiento (porque me gustaba ser profesora, aunque hace un tiempo no me imaginaba desempeñando este papel) al respecto, y digo categóricamente que no podría estar más feliz. Si un maestro en Brasil es algo que considero brutal y, específicamente en el Día del Maestro, la hipocresía de este sistema capitalista sólo me trae malos recuerdos. Toda la supuesta valorización de los anuncios de televisión, los homenajes escolares y tantas otras actitudes no son más que una gran (y repugnante) “cortina de humo” para ocultar tanto desprecio por una profesión vital. Mi sentimiento de indignación ante esta fecha es mucho más profundo, pero necesitaría escribir más para expresarlo.

En algún otro momento, quizás vuelva a hablar de este tema, pero al menos por ahora creo que mis puntos de reflexión aquí fueron bien comprendidos por quien esté leyendo este texto. Desde mi punto de vista, la apreciación del sistema capitalista a través de tributos no significa absolutamente nada si no va seguida de salarios dignos, avance profesional, atención médica (especialmente salud mental) y lugares de trabajo con estructuras físicas dignas para realizar esa labor educativa. Creo que todo esto se traduce en una sola idea: palabras sistemáticamente vacías lanzadas al viento, que año tras año no aportan nada productivo. Sin educación, no hay manera de que un país se desarrolle y siga siéndolo... Quizás ese sea el problema de Brasil.


De quanta hipocrisia uma profissão pode viver?

Ontem, aqui no Brasil, foi comemorado o Dia dos Professores. Sem dúvidas, uma das profissões mais nobres, e que é a responsável por formar todo e qualquer tipo de profissional para desempenhar funções específicas (e quem discordar disso precisa urgentemente rever os seus próprios conceitos). No entanto, o devido reconhecimento (seja pelo lado de apreciação pessoal ou apreciação financeira) vem acontecendo em proporções cada vez menores ao longo de décadas. O nível de depreciação dessa profissão vem atingindo níveis degradantes, onde os professores estão sendo rebaixados tanto enquanto profissionais quanto seres humanos pela maneira como são tratados. Um cenário triste, no qual lutar por melhorias parece ser algo bem ilusório para quem se propõe a fazer isso. Até quando isso vai durar? Ninguém sabe.

Falando como um ex-professor, eu posso dizer que uma das melhores decisões profissionais que eu tomei nos últimos anos foi abandonar esta profissão (que sempre terá o meu respeito e admiração máximos, mas não mais o meu esforço na linha de frente, porque eu cheguei no meu limite). Sem qualquer reconhecimento profissional das escolas onde eu já tive o desprazer de trabalhar (especialmente pelos donos dessas escolas e também, uma parte dos próprios alunos), além de uma defasagem salarial perturbadora, não havia mais outra alternativa, só me restou dizer adeus a profissão. Nem por um momento eu penso em retornar a este ofício, e apesar de acreditar na educação como ferramenta de um sistema transformador, eu realmente não vejo isso acontecendo no Brasil da maneira que realmente deveria acontecer.

Depois que eu tomei essa decisão, alguns dos meus amigos e familiares já me perguntaram (mais de uma vez) se houve algum arrependimento (porque eu gostava de ser professor, ainda que eu não me imaginasse exercendo essa função há um tempo atrás) sobre isso, e eu categoricamente afirmo que não poderia estar mais feliz. Se professor no Brasil é algo que eu considero como brutal e, especificamente no dia dos professores, a hipocrisia desse sistema capitalista só me traz lembranças ruins. Toda à suposta valorização de comerciais de televisão, homenagens escolares e tantas outras atitudes são apenas uma grande (e nojenta) “cortina de fumaça” para esconder tanto descaso com uma profissão vital. O meu sentimento de indignação com esta data é muito mais profundo, mas eu precisaria escrever mais para expressar.

Em algum outro momento, eu talvez volte a falar sobre esse assunto, mas ao menos por enquanto, eu acredito que os meus pontos de reflexão aqui foram bem compreendidos por quem estiver lendo este texto. No meu ponto de vista, a apreciação do sistema capitalista através das homenagens não significa absolutamente nada quando não vem seguido dos salários dignos, da projeção de carreira, dos cuidados com a saúde (especialmente a mental) e locais de trabalhos com estruturas físicas decentes para que o trabalho educacional seja feito. Eu acho que tudo isso se traduz apenas em uma única ideia: palavras sistematicamente vazias jogadas ao vento, que ano após ano não trazem nada de produtivo. Sem educação, não há como um país se tornar desenvolvido e se manter assim... Talvez esse seja o problema do Brasil.

Posted Using InLeo Alpha

Sort:  
 yesterday  

Sadly there are a lot of issues with the environment around professions like teaching. It’s not always a money thing, it’s a time management, supply and lots of other factors. If they could get it all done in a 8-4 work day and not have to take anything home that would certainly make up for some gaps elsewhere.

If they could get it all done in a 8-4 work day and not have to take anything home that would certainly make up for some gaps elsewhere.


Here in Brazil this would be considered a utopia, to say the least.