Como os carros elétricos podem ajudar a combater o coronavírus

in #steempress4 years ago

O mundo está passando por um período de isolamento social e quarentenas devido à pandemia do coronavírus e milhares de pessoas estão sofrendo com problemas de saúde, principalmente respiratórios.

Um estudo da Universidade de Harvard confirmou que existe uma correlação direta entre a exposição a longo prazo à poluição do ar e uma maior taxa de mortalidade por coronavírus. Os dados foram coletados por 17 anos em mais de 3 mil municípios dos Estados Unidos até o dia 4 de abril de 2020, e explicam que o aumento de apenas 1 micrograma de partículas finas por metro cúbico causa um aumento de 15% na taxa de mortalidade do COVID-19. Respirar essas partículas finas danifica os pulmões ao longo do tempo, tornando mais difícil para o organismo combater infecções respiratórias.

O estudo conclui que um pequeno aumento na quantidade de partículas finas a longo prazo pode resultar em 20 vezes mais chances de contrair a doença, e ainda cita: “uma pessoa que vive há décadas em um município com altos níveis de material particulado fino tem 15% mais chances de morrer do coronavírus do que alguém em uma região com uma unidade a menos da poluição por partículas finas”.

O coronavírus ataca os pulmões, frequentemente causando pneumonia, e impede severamente a capacidade daqueles que têm casos mais graves de respirar. Também mata. A poluição do ar prejudica ainda mais os pulmões.


E o que o carro elétrico tem a ver com isso?

Como sabemos os carros elétricos tem zero emissões e, portanto, não poluem.

A gerenciadora de frotas, Venso Automotive Solutions, realizou um estudo na Inglaterra perguntando: “Os efeitos do atual bloqueio do COVID-19 fizeram você mudar de idéia sobre a compra de um veículo elétrico?"

A empresa descobriu que 45% dos entrevistados estavam pensando em comprar um EV depois de ver o quão limpo o ar pode ser. Outros 17% já haviam decidido comprar um carro elétrico e estão agora ainda mais certos de sua decisão. Isso faz com que 62% dos consumidores do Reino Unido estejam prontos para usar a eletricidade.

“Dos 45% dos motoristas que agora consideram um EV, 19% disseram que sua próxima compra será totalmente elétrica. O resto deles disse que pretende se tornar um motorista de EV nos próximos cinco anos. Isso representa uma aceleração da intenção do VE no tempo da pandemia. Em julho de 2019, um terço dos entrevistados que demonstraram interesse disseram que esperariam outros 10 a 15 anos.”

Acredito que a pandemia fará com que o mundo repense a forma de consumir os recursos naturais do planeta e reconsidere muitos comportamentos. Os mercados da Europa, Ásia e Estados Unidos estão mais preparados para iniciar essa revolução pois possuem mais infraestrutura, mais opções e principalmente, mais incentivos e melhores condições financeiras para adquirir um veículo elétrico.

É uma pena que o Brasil ainda não esteja preparado para essa mudança. Ainda temos muito a melhorar em relação à infraestrutura e aos pontos de recarga, e às regulamentações e incentivos do governo, até que grande parte da população possa pensar em comprar um carro elétrico. Porém, é bom saber que temos em nossas mãos algumas formas de tentar reverter o estrago que temos feito ao planeta, e os carros elétricos são uma delas.

Um abraço,
Carlos Eduardo Koch

Links das matérias originais:
https://projects.iq.harvard.edu/covid-pm
https://www.venson.com/Media/ViewNews/177

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Parabéns, seu post foi selecionado pelo projeto Brazilian Power, cuja meta é incentivar a criação de mais conteúdo de qualidade, conectando a comunidade brasileira e melhorando as recompensas, obrigado!

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Vejo dois pontos principais quanto a carros elétricos. Uma é a necessidade de baixa tributação, para manter preços acessíveis (e estamos no Brasil, coisa bem improvável de ocorrer) e a outra é a melhoria em relação a baterias, para que essas sejam sustentáveis em seu descarte e reciclagem. Eu, pessoalmente, só comprarei um carro quando puder ter um elétrico, num mundo como o nosso cada ação de cada pessoa é significativa!

Olá Thomas. Verdade, o incentivo do governo é fundamental pra aquecer esse mercado. No mundo todo vemos isso acontecer. Por qui, apesar de termos o Rota 2030, programa do governo federal pra incentivo do carro elétrico (Redução de IPI, Importação e isenção do IPVA) é muito pouco. Nossa indústria tem capacidade de fabricar carros elétricos 100% nacional, faltando basicamente o item mais caro ser produzido aqui, que é justamente a bateria. Mas isso esta longe de acontecer infelizmente e estamos sujeitos aos preços taxado em dollar do importados.

Em relação a reciclagem de baterias, é importante compreender que existem muitos mitos a respeito desse componente. Primeiro que a vida útil é bem longa e mesmo quando é trocada a bateria pode ser reaproveitada de outras formas, como fornecer energia para casas (Pois uma bateria usada ainda detém cerca de 70% de sua capacidade original). Existem programas das montadoras para esse fim. A reciclagem de fato está avançando. Na Europa e EUA temos empresas surgindo que são especializadas nesse processo e já atingem taxas de 70%-80% de reciclagem de uma bateria. A perspectiva é alcançar praticamente 100% nos próximos anos. A industria está avançando e o Covid conseguiu inclusive acelerar a adoção dos elétricos pelo mundo, já que muita gente está deixando de escolher transporte público e acaba procurando o elétrico pelas características tecnológicas e principalmente, baixíssima manutenção.

Abs

Interessante esses fatos sobre as baterias, vou me inteirar mais sobre o assunto, de fato estou um pouco por fora! Quando a carros elétricos brasileiros, tivemos o Gurgel por aqui, pena que seu pontencial acabou não sendo aproveitado!

Vou ver se escrevo a respeito. Tem muita novidade nessa área que vale compartilhar. Tem algumas empresas produzindo veículos elétricos aqui mas algo muito longe de serem carros como conhecemos. Veja a Hitech por exemplo:

008xecoTech24.png

Quanto ao Gurgel, mais um grande exemplo da inovação sufocada por nossas políticas e interesses de pequenos grupos. Será que viveremos pra ver isso mudar?

Não conhecia esse Hitech, muito interessante a ideia, principalmente em questão de design, confesso que nunca vi algo parecido! Vale a pena escrever mesmo, é um assunto muito bacana, vou ficar de olho para acompanhar suas publicações!

Não sei a resposta para essa pergunta, mas lembro que um tempo participei de alguns grupos relacionados a empreendedorismo e a quantidade de pessoas mais jovens interessadas nesse universo era grande, então acredito que ainda há esperança de vermos uma mudança!

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