Razão ou coração?

in #pt6 years ago



Trabalho em uma empresa, por mais de quatro anos, e em julho de 2017 finalmente saiu a promoção que eu tanto aguardava, fiquei muito feliz, pois batalhei e me empenhei bastante por ela. Ganhei um cargo de liderança, para exercer junto com o Júlio em um setor. O Júlio tem dez anos no mesmo setor, então domina tudo, o que foi bom, pois tive um ótimo professor.



Em novembro, nos informaram que haveria um corte de doze funcionários, um quadro que era 68 foi enxugado para 56. Menos mal, que mandaram embora só quem queria e os outros foram remanejados para outras unidades. Um rapaz que trabalha conosco pediu para ser mandado, pois iria mudar de estado. Com esse corte é fato que o trabalho ficou maior, mas continuamos a dar conta, embora o desgaste fosse grande. Se não fosse o suficiente, um outro funcionário que estava faltando muito foi mandado embora, e quando retornei de férias, soube que um outro tinha passado em um concurso e pediu as contas, e o Júlio saiu de férias.



Para a vaga do funcionário que faltava, foi contratado um rapaz de 21anos, que nunca tinha trabalhado no comércio, trabalhava em banco. Ele mora com a mãe e acabou de iniciar uma faculdade.



Quando uma pessoa é contratada no período de experiência, existem duas avaliações, uma com trinta dias (que chega com quinze dias), e outra com sessenta (que chega com quarenta dias). Mas por erro, a primeira avaliação chegou com atraso, apliquei ela na segunda passada, só que nesse mesmo dia chegou a segunda avaliação e me deram o prazo de entregá-la na sexta, pedi um prazo maior e me deram até amanhã. Na primeira avaliação pontuei os pontos a serem melhorados, mas como em uma semana é possível obter uma melhora significativa!
Não gostaria de ser injusta, pois o prazo foi curto, mas em contrapartida, com quarenta dias ele ainda não está pronto.



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A culpa é de quem? Do rapaz que "não se dedicou o bastante" nos quarenta dias, ou da empresa que demorou para mandar a primeira avaliação, para assim ele ter tempo para tentar obter melhoras para a segunda!



Como o Júlio está de férias, vou ter que tomar essa decisão sozinha, e até agora não decidi o que fazer. Não sei se penso no bem estar do setor, pois até o momento ele ainda não se adequou como se esperava, ou no garoto que ficou desempregado por mais de seis meses e iniciou seus estudos!



Razão ou coração!
No início tive o bônus e agora o ônus!


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Situação realmente complicada. Esse é um dos grandes dilemas da vida: razão versos emoção. Mas quase sempre a melhor saída não está nos extremos, mas no meio termo. Então acho que o certo não é só emoção nem só razão nesse caso. Talvez a melhor saída seja a razão temperada com uma pitada de emoção.

@discernente , boa...rss. Infelizmente tenho que tomar essa decisão, tentar ser o mais justa possível, para chegar em casa amanhã, repousar a cabeça no travesseiro, sem culpa alguma.

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Fico com a mesma sugestão do @discernente! É possível que uma conversa com ele seja um boa maneira de "instigá-lo" a mostrar mais trabalho e atenção aos serviços desempenhados. Eu acredito muito no quanto mostrar importância de determinada coisa a pessoa seja um "banho de água fria" para ela dar o máximo de si. Trabalhei com muitos funcionários, estagiários e líderes de equipe ano passado e posso lhe garantir que uma conversa bem direcionada e lhe clara lhe trará resultados muito positivos, se de fato o funcionário quer a permanência na empresa. Abraço! @lilatertuliano

O problema @britohevertton , é que já foi passado a ele na primeira avaliação, os pontos a serem melhorados, mas ele continua comentendo erros pontuais.